Ricardo Darín, astro do cinema argentino: "Detesto a ideia de não poder errar" Seguir o Blog!
02/05/2016. AMANDA MONT ALVÃO VELOSO
À parte a rivalidade entre Brasil e Argentina, o público brasileiro é um grande admirador do cinema argentino contemporâneo. E esse fenômeno apaziguador costuma ter um rosto, o do ator Ricardo Darín. Nove Rainhas, O Filho da Noiva, O Segredo dos Seus Olhos, Um Conto Chinês e Relatos Selvagens são alguns dos filmes estrelados por Darín, que costuma acertar tanto nas interpretações dramáticas quanto nas cômicas. Mas Darín também erra. Bastante, como ele diz em entrevista ao programa Sangue Latino, do Canal Brasil. “Eu cometo muitos erros, muitos erros.” O ator defende a importância do erro como motor humano, ao mesmo tempo em que critica o que poderíamos chamar de “ditadura do acerto”, uma prática bastante vigente no mundo atual: “Tudo está muito condicionado ao resultado. Tudo está muito condicionado à efetividade, ao acerto. Por exemplo, nossas gerações jovens atuais estão condicionadas a uma pressão permanente, que tem sido exercida, voluntária ou involuntariamente, sobre a juventude, no sentido de que devem acertar, devem ser bem-sucedidos em tudo o que fizerem. Eu detesto essa visão”, explica. “Detesto a ideia de não poder errar, de não poder aprender com os erros, de não poder falhar, e nos levantarmos, nos recuperarmos e seguir em frente, porque esse é um dos motores do templo humano. Errar.” Darín fala das maravilhas que a tecnologia – e o avanço dela – proporciona ao mundo, mas faz um contraponto à era digital em que vivemos. Assista a um trecho da entrevista. [ ... ]
Tags: arte, arte-educação









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